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TIRANDO AS DÚVIDAS SOBRE O USO DO "SE"

SE = Índice de indeterminação do sujeito ou Partícula apassivadora   O sujeito indeterminado se dá quando não podemos identificar o sujeito....

sábado, 3 de novembro de 2018

TIRANDO AS DÚVIDAS SOBRE O USO DO "SE"

SE = Índice de indeterminação do sujeito ou Partícula apassivadora 

O sujeito indeterminado se dá quando não podemos identificar o sujeito. Isso pode acontecer de duas maneiras:

O verbo está na terceira pessoa do plural
Exemplo:
Levaram meu chinelo
      3ª p.p.
A terceira pessoa do verbo (eles) não identifica com precisão quem é o sujeito.
 A segunda forma é quando o verbo está na terceira pessoa do singular o verbo é transitivo indireto ou intransitivo e soma-se um Índice de Indeterminação do Sujeito (I.I.S.)

Vive      -                   se             bem em João Pessoa
3ª p.s.                       I.I.S.
intransitivo

Precisa       -                         se             de operários
 3ª p.s                                   I.I.S.
trans. Indireto
 

O verbo é intransitivo quando ele não precisa de complemento.
Exemplo:
 

Chorei a noite toda.
 

A mensagem do verbo chorar está completa diferente de:

Teremos felicidade este ano.

O verbo ter apresenta a necessidade de complemento, pois se lermos a oração até o verbo notamos que a mensagem está incompleta, por isso dizemos que o verbo ter é um verbo transitivo direto.
O verbo será transitivo indireto quando este exigir um complemento que precisa ser  preposicionado.

Exemplo:

Necessitamos
                                    de               sua compreensão
verbo trans. Indireto                    preposição
                                                         _____________________________________
                                                                               objeto indireto           

As preposições mais usadas  em um objeto indireto são:  de, para, em, a, com, por.  Bem como as preposições derivadas destas

Quando o verbo estiver na terceira pessoa do singular, mas for transitivo direto ou transitivo direto e ao mesmo tempo indireto mais a partícula “se”, esta não será Índice de Indeterminação do sujeito e sim partícula apassivadora.

Comprou     -                                   se                   um carro novo.
V. trans. Direto               part. Apassivadora

Como o “se” é partícula apassivadora, então podemos dizer que a oração está na voz passiva sintética e podemos transformar em passiva analítica.

Um carro novo                           foi comprado           por alguém.
Suj. paciente                            locução verbal

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Dia para discutir redação do ENEM. Redação nota mil.



Redação nota mil 2017

            

Thaís Fonseca Lopes de Oliveira

             Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade. 
             A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel. 
            Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à permanência dos deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência da discriminação contra surdos é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras à formação educacional de surdos. 
           Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. - uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.